
Notícias
Muito além das senhas fortes: como evitar a exposição de dados sensíveis em âmbito profissional
Especialista da Unentel explica como se proteger contra vazamentos de dados internos e evitar litígios, multas e perda de reputação da empresa
Não é um exagero dizer que os dados são os ativos mais valiosos de qualquer negócio, afinal, essas informações são usadas para gerar valor, impulsionar a inovação, estimular a competitividade e estabelecer a diferenciação no mercado. Por isso, a proteção contra ameaças internas e externas é imperativa, independentemente do tamanho ou setor de atuação de uma companhia.
Mas a segurança da informação requer resiliência empresarial; a organização precisa implementar processos e usar ferramentas que assegurem a proteção de dados sensíveis, o que inclui informações proprietárias, dados pessoais de clientes, movimentações financeiras, entre outros.
“Muitos setores precisam seguir regulamentações rígidas a respeito da proteção de dados dos clientes. Quando ocorre o comprometimento dessas informações, há uma quebra da conformidade legal, que pode levar a litígios, multas e perda de reputação, comprometendo oportunidades de negócios e a permanência de clientes”, analisa Vinicius Menezes, engenheiro de sistemas da Unentel, distribuidora de soluções tecnológicas para o mercado B2B.
A melhor maneira de lidar com esse tipo de transtorno é englobar todas as camadas da organização, visto que os colaboradores são a primeira linha de defesa contra ataques cibernéticos. Um treinamento em segurança pode ajudar a identificar e lidar com ameaças, mas existem outras medidas de segurança que podem ser aplicadas no cotidiano, como sugere Menezes. Saiba mais:
Política de senhas fortes
Apesar de ser uma medida básica, é crucial implementar uma política de senhas fortes, bem como impor a necessidade de alterá-las regularmente. Acredite ou não, “Brasil” e “123456” ainda estão entre as senhas mais usadas no país, de acordo com um levantamento da NordPass, e isso aumenta a vulnerabilidade de qualquer sistema.
Também é importante ativar a autenticação em dois fatores, com recebimento de código por SMS, e-mail, senha ou mesmo marcadores biométricos, como impressões digitais. O especialista da Unentel aconselha, ainda, tomar cuidado com funções de preenchimento automático de senhas — elas podem facilitar a vida do usuário, mas facilita também a do hacker.
Além disso, o profissional deve encerrar sua sessão quando terminar de usar uma conta, pois deixar contas abertas em segundo plano pode representar uma grande falha de segurança.
Implementação de antivírus e firewall
O firewall pode ser um sistema independente ou integrado a um servidor, roteador ou software, e serve como uma barreira para isolar uma rede da outra. A ideia é controlar o tráfego com base em regras definidas pela própria empresa – podendo desabilitar apenas parte do tráfego ou bloquear tudo, dando menos espaço para uma ação hacker. Já um antivírus ajuda a identificar e remover diferentes tipos de vírus que podem ser usados para acessar, modificar, danificar ou roubar dados sensíveis.
Criptografia de dados e controle de acesso
A criptografia de dados torna inacessível uma informação para uma pessoa que não tenha a chave de descriptografia adequada, sendo uma ferramenta muito importante para proteger dados e arquivos que poderiam ser acessados sob protocolos não criptografados.
Outra medida importante é restringir o acesso a informações sensíveis apenas para colaboradores autorizados, por meio de um sistema de controle de acesso e autenticação multifatorial.
Monitoramento contínuo e auditoria de segurança
Detectar uma ameaça precocemente pode impedir ataques hackers ainda em etapa inicial, reforçando a necessidade de uso de ferramentas de monitoramento de rede e análise de segurança para identificar qualquer atividade suspeita. Já as auditorias de proteção servem para verificar se todas as medidas de segurança estão sendo aplicadas.
“Além de seguir essas recomendações, é importante se manter atualizado sobre cibersegurança, pois novas ameaças surgem, assim como novas maneiras de lidar com esses ataques”, finaliza Vinicius Menezes.