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Liderança sustentável: transformação digital faz gestores serem agentes de responsabilidade ambiental
Empresas que alinham a tecnologia à sustentabilidade ganham lealdade de clientes e atraem interesse de investidores
A transformação digital não deve ser vista apenas como uma evolução tecnológica. Embora a digitalização torne as empresas mais adaptáveis e ágeis — duas características essenciais para enfrentar um mercado em constante mudança —, é somente quando está associada à sustentabilidade que ela fornece os princípios necessários para orientar decisões empresariais responsáveis.
Além disso, a disrupção nem sempre surge da tecnologia em si, mas da maneira como ela é aplicada para criar modelos de negócios, estratégias e operações alinhadas a práticas socialmente responsáveis. Esse cenário ganha ainda mais relevância quando se considera que o ESG é uma prioridade para 71% das empresas de médio porte no Brasil, de acordo com o Business Report da Grant Thornton, publicado no último trimestre de 2024.
“Uma empresa pode inovar em produtos, serviços e processos, mas a verdadeira transformação digital exige uma mudança de mentalidade tanto em escala individual quanto organizacional. Para isso, é fundamental contar com profissionais que atuem como agentes dessa revolução, adotando uma liderança focada no desenvolvimento máximo dos colaboradores e na promoção de ações sustentáveis”, sugere João Neto, Chief Revenue Officer (CRO) da Unentel, distribuidora de soluções tecnológicas para o mercado B2B.
Para exercer uma liderança corporativa alinhada à responsabilidade ambiental, o profissional precisa unir competência técnica, inteligência emocional e alta capacidade de adaptação.
A competência técnica não se limita ao conhecimento sobre tecnologia, mas à compreensão de como aplicá-la para aumentar a eficiência e otimizar o uso de recursos. Já a inteligência emocional envolve a habilidade de gerenciar as próprias emoções e de entender as da equipe, adotando uma liderança adaptativa que se ajusta a diferentes contextos. Por fim, a adaptabilidade torna-se essencial para acompanhar as constantes e rápidas evoluções do mercado e da tecnologia, que também ditam o passo das ações sustentáveis.
Também é responsabilidade do líder colocar a digitalização no centro do debate sobre práticas ambientais, sociais e de governança. “De nada adianta pensar no futuro com tecnologia se não houver futuro. Quando uma empresa de tecnologia adota práticas sustentáveis, ela passa a ser percebida como responsável e comprometida — uma imagem que pode se transformar em uma vantagem competitiva, fortalecer a lealdade dos clientes, consolidar a cultura empresarial e ainda atrair investidores”, analisa o executivo da Unentel.
Além das iniciativas voltadas para a sustentabilidade, os líderes do segmento também podem promover ações de Responsabilidade Social Corporativa (RSC), que incluem desde doações de equipamentos para causas sociais até investimentos em digitalização para comunidades locais.
A empresa também pode incentivar a responsabilidade ambiental por meio de programas de mentoria ESG e workshops, onde equipes multidisciplinares colaboram para desenvolver soluções para os desafios socioambientais enfrentados pela organização. Por fim, a elaboração de relatórios periódicos sobre o impacto das ações ESG permite que tanto colaboradores quanto executivos se sintam engajados com a causa.