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Envelhecendo como vinho: como empresas tech atravessam gerações de inovação
Na tecnologia, a única certeza é a mudança. Novas soluções surgem a cada instante, modelos de negócio se transformam e o comportamento dos consumidores se reinventa em uma velocidade inédita. Para muitas empresas, essa dinâmica pode parecer uma ameaça à sobrevivência. Mas, para aquelas que entendem que envelhecer é também evoluir, a inovação vira o motor da longevidade.
Assim como um bom vinho, que precisa de tempo para revelar todo o seu potencial, empresas de tecnologia consolidadas precisam saber envelhecer: evoluir constantemente, incorporando “sabores”, sem perder a essência que lhes deu identidade e refinando-se com cada reviravolta que enfrentam.
Segundo a Accenture, mais de 60% das empresas de tecnologia listadas há dez anos seguem líderes em seus segmentos. Isso se deve, justamente, por se reinventarem o tempo todo, adaptando portfólios às novas gerações e aos novos mercados, investindo em inovação e preservando a essência que as fez relevantes.
Esse dado mostra que a longevidade no setor não é uma questão de resistência, mas de transformação contínua. Não se trata apenas de acompanhar tendências, mas de ter clareza sobre o propósito que as fez nascer e as sustenta, além de coragem para reinventar os próprios caminhos.
Aprendi que é fundamental estar aberto ao novo para manter minha relevância e a da Unentel, sem perder de vista aquilo que nos diferencia. Esse equilíbrio entre tradição e inovação é o que nos permite atravessar ciclos e continuar entregando valor aos nossos clientes.
O mundo da tecnologia não para, mas isso não significa que empresas consolidadas precisem ser substituídas pelas que estão chegando. Ao contrário, quando se reinventam com autenticidade, elas se tornam ainda mais indispensáveis. Envelhecer, nesse contexto, não é sinônimo de perder relevância — é a oportunidade de aprender com o novo, lapidar experiência, aprofundar relações e brindar o mercado com novas soluções.
Empresas de tecnologia precisam necessariamente passar por mudanças no meio do caminho para seguir inovando sem perder sua essência. Afinal, um bom vinho não teme o passar dos anos. Amadurece, refina-se e absorve aquilo que o torna único.
*Por Frederico Passos, (CEO) da Unentel